sábado, 2 de abril de 2011

o caso Bolsonaro

A mídia conservadora está dando atenção para o caso do Bolsonaro; esse cara com, no mínimo, sérios problemas mentais. No entanto, parece que o mais importante tem ficado de lado; a mídia não está fazendo a defesa dos homossexuais, mas apenas dos negros. Parece que ainda é normal temer a homossexualidade: “nossa e se for com nossos filhos?”, “será que sou uma bicha enrustida?”.

Mas como os negros são recuperados os homossexuais também. Ivana Bentes diz que parte da mídia faz sua captura das minorias; o mais comum em programas de diversão, o tom conservador fica com o jornalismo.

Tenho recebido petições contra o Bolsonaro. Já vi manifestações on line. Só que acho que isso é uma luta contra um inimigo quase invisível. Caras como o Bolsonaro são minoria. A mídia está do lado desses que querem a cabeça do militar. Ela não aceita radicalismos. E por isso é perigosa.


A mídia com esse discurso pode marginalizar as resistências que buscam uma radicalização da democracia. Estando do lado dos moderados, conserva, legitima a ordem. Tudo em nome de uma democracia falsa. Esse é o paradoxo do discurso dominante da mídia, e também seu álibi; faz parecer que luta pelo estado de direito.

Porém Negri diz que todos os governos do ocidente são corruptos, pois corromperam o conceito de democracia. As únicas opções que nos dão contra essa democracia falsa se referem a formas de governo arcaicos. Contra a democracia representativa está o autoritarismo. As outras opções, os movimentos de multidão, não existem.

Nenhum comentário: